11 de abril de 2014

Vem aí o "nosso" Regional

 
Agora somos nós a organizar, e, por muito que nos custe, ainda não conseguimos convencer os profs Edgar e Milene a dançar pelo Hóquei Clube de Turquel.  Paciência!
 
Não reforçam a equipa, mas reforçam as nossas competências, e imagem, e só isso já é muito bom.
 
Dia 24 de Maio Alcobaça vai ver dança. Muita e boa!
 

A colina da vida


Depois de mais de um ano de costas voltadas para as escritas da dança (outras prioridades entretanto a terminar) é hora de voltar. Devagarinho, pois os tempos não estão para Jives.
 
A semana passada tive necessidade de conceber um panfleto para promoção da dança nas escolas, e, puxando pelas meninges, apercebi-me dum facto interessante – a dança é geralmente aceite e sobejamente utilizada no desenvolvimento infantil, e na travagem possível do envelhecimento, ou seja, enriquece e protege os primeiros e os últimos passos na vida da maioria das pessoas. No entanto, durante a longa fase da plenitude, jovem ou madura, a dança é negligenciada, e substituída por outras preocupações e recursos.

Porquê?

A vida é uma colina, onde se sobe com entusiasmo, ansiando chegar ao topo, para aí constatar que vem logo a dedadência e começar o esboço de travagem que se acentua ao longo da descida.

Verifica-se que, nas fases em que as pessoas podem pensar exclusivamente em si, na infância e velhice, a dança marca pontos. Será a dança uma atividade egoísta, forçosamente abandonada quando se trata de aderir à sociedade do trabalho, realização pessoal e organização familiar?

Não me parece! Julgo que tudo terá a ver com o binómio exigência/disponibilidade.

A dança, na sua adaptabilidade, permite todas as concessões quando ainda não se sabe ou já não se consegue, mas na fase em que não há desculpas, atingir um nível satisfatório exige uma aprendizagem descartável na cultura de facilitismo que informa a sociedade atual, e treino incómodo para o comodismo reinante.
 
Por outro lado, o contexto social não favorece a dança. Os espaços adequados são poucos, muitas vezes assoberbados por outras atividades desportivas, e o convívio através da dança migrou para outras práticas, do recorrente martelar nos joelhos ombro com ombro das discotecas, ao marcar passo com técnica e imaginação quase militares dos arraiais.

E, no entanto, não seria muito mais saudável tirar-se partido das evidentes e incomensuráveis virtudes da dança durante todo o percurso ao longo da colina da vida?

Mas, meus amigos… como é que os convencemos?